sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Análise: O Homem Pintado, de Peter V. Brett [SEM spoiler]




Obs.: No Brasil o livro tem o título O Protegido. — Sobre carroças atoladas e barris de vinho 

 [Sobre carroças atoladas e barris de vinho]

Peter V. Brett nos transmite a sensação de que escrever é um trabalho tão árduo quanto tentar desatolar uma carroça carregada com meia dúzia de barris cheios de vinho usando apenas a força dos braços. Ou você encontra uma maneira de tirar a carroça da lama (algo como tirar uma história de toda bagunça de ideias) ou você lamentará sua vida inteira pelo vinho deixado exposto ao sol ou à chuva, pelo prazer não compartilhado.

Penso que assim se sentem esses grandes escritores, como João Ubaldo Ribeiro (O Sorriso do Lagarto) , Stephen King (A Dança da Morte), George Martin (As Crônicas de Gelo e Fogo), Tolkien (O Hobbit), Marion Zimmer Bradley (As Brumas de Avalon), Lauren Beukes (Iluminadas), Julio Verne (Vinte Mil Léguas Submarinas), entre tantos outros. Sentem-se como se, enfim, houvessem removido a carroça da lama e depositado o vinho em seu devido lugar. Eu, de minha parte tenho minhas safras inebriantes de Tolkien, Rowling, Shakespeare, e outros ainda por experimentar.